Nascida nas pistas americanas, onde rapidamente se distinguiu, a Duesenberg atingiu seu auge nas corridas em 1921 ao alcançar a vitória Le Mans (no GP da França, não nas famosas 24h, que só começaram em 1923), para espanto do público acostumado a ver marcas como Bugatti e Bentley dominando as provas do Velho Continente. A excelência técnica alcançada pelos irmãos Fred e August Duesenberg despertou o interesse do magnata Erret Cord, que adquiriu a firma em 1926 com o propósito de torná-la a marca premium do grupo (como Lincoln e Cadillac, para Ford e GM) e, mais do que isso, fazer dela a produtora dos melhores carros do mundo, destinada a superar Rolls-Royce, Maybach, Isotta-Fraschini e Bugatti, fora as rivais americanas. Se Cord alcançou tamanha façanha, somente os connaisseurs podem dizer, mas a realização de seus devaneios megalomaníacos se materializaria no estupendo modelo J, infelizmente lançado pouco antes do crash de 1929 e cuja produção foi de 481 unidades até 1937. Além do magnífico desenho que fala por si só, os números impressionavam até para modelos de pista da época: seu motor de oito cilindros em linha chegava a 265 hp brutos, capazes de levar o bólido a quase 200 km/h; como se não fosse suficiente, viriam depois as versões sobrealimentadas (SJ e SSJ) de até 400 hp, capazes de conquistar celebridades como Clark Gable, Al Capone e Greta Garbo, além das casas reais da Espanha, Iugoslávia, Romênia e... (pasmem!) da Itália das Isottas e da Inglaterra dos Rolls. Francamente, se fosse possível optar por dar uma volta em qualquer carro já produzido em qualquer época, aí estaria um forte candidato, de preferência na carroceria Speedster, como o J 1931 da foto. Alguém discorda?
Ford Super Deluxe Sportsman 1946 ...
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